sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Peça traz Eva Wilma à região



Eva Wilma, uma das maiores atrizes brasileiras, completa, em 2013, 60 anos de carreira e 80 de vida, ao lado de Pedro Paulo Rangel e Dalton Vigh, está em Uberlândia com o espetáculo Azul Resplendor, no Teatro Municipal até domingo, dia 3.  A peça homenageia o mundo do teatro matando a curiosidade sobre o que rola fora dos holofotes e o texto do autor peruano Eduardo Adrianzén é generoso ao revelar essa intimidade de camarim. Em uma época de culto às celebridades, Azul Resplendor trata de maneira crítica e bem humorada o ávido interesse que o público tem dedicado à vida privada dos artistas.





Quem acha que vida de artista é sinônimo de glamour pleno vai se surpreender. Adrianzén consegue mostrar a batalha “titânica” dos artistas para atingir o ápice da profissão. Eva Wilma confessa realiza o espetáculo com o mesmo entusiasmo de quando participou da peça “Uma Mulher e Três Palhaços”, realizada pelo Teatro de Arena e apresentada em 1953 e 1954.










É mais um evento que integra o projeto Circuito Grande Otelo, promovido pela Secretaria de Educação, que tem como objetivo a realização de uma série de espetáculos artísticos, culturais, com vistas à ocupação do Teatro Municipal de Uberlândia em sua primeira etapa de funcionamento, assim como outros locais públicos a serem definidos durante a execução do mesmo. Da programação constam ainda exposições fotográficas e lançamento de livro sobre a história do teatro em Uberlândia.




Serviço
Espetáculo “Azul Resplendor”
Quando: 1, 2 e 3 de novembro
Onde: Teatro Municipal de Uberlândia
Horários: dias 1 e 2 de novembro às 21h, e dia 3 de novembro às 20h
Ingressos: lojas Provanza, no Center Shopping (av. João Naves de Ávila, 1331, Santa Mônica), no Uberlândia Shopping (av. Paulo Gracindo, 1.500, Morada da Colina), Centro (rua Santos Dumont, 600) e D´Ville (av. Paes Leme, 117) e Pratic Shopping (rua João Pinheiro, 1154, stand 23)


terça-feira, 29 de outubro de 2013

Chorocultura agrada público de bom gosto

                                                                                           Fotos Rose Dutra
Álvaro Valter, Reynaldo, Gibinha, Fausto e 


Osmar Baroni, o fundador do grupo


Com quase 20 anos de história, o Grupo Chorocultura, de Uberaba, composto por Álvaro Walter (sax alto e tenor), Reynaldo de Vitto (violão de sete cordas), Fausto Reis (cavaquinho), José Gilberto Silva Gibinha (bandolim) e Osmar Baroni (pandeiro), permanece entusiasmando plateias por esses brasis. Neste mês, entre outras apresentações, abrilhantou a abertura do Congresso Internacional de Trabalho Docente e Processos Educativos, realizado pelo Mestrado em Educação da Universidade de Uberaba, no anfiteatro do Centro Cultural Cecília Palmério.


Inspirado por músicos da velha-guarda, como Noel Rosa, Pixinguinha, Jacob Bandolim, Valdir de Azevedo, Altamiro Carrilho, e da jovem-guarda dos chorões, entre eles Amilton de Holanda e Yamandu Costa, Osmar Baroni é membro fundador do Chorocultura. Em suas apresentações nas mais variadas localidades, em clubes, casas de shows, em programas de rádio e TV,  o grupo representa a cidade pelo Brasil exibindo musicalidade de alto nível despertando os mais elogiosos comentários de simples a grande entendedor do gênero.


Por longos anos o Chorocultura contou com a presença forte do saudoso Geraldo Barão como vocalista (na foto segurando um dos muitos prêmios e homenagens recebidos pelo grupo). Seu canto era de uma emoção pura, que tocava fundo ao coração.


Com a ausência de Barão, as apresentações continuam com o brilho especial do talento de cada músico, na expressão de seus rostos a cada interpretação, a cada corda, a cada sopro ou batida nos instrumentos. Não há quem não seja tocado por toda aquela sensibilidade transmitida por seus integrantes. Fausto, o mais jovem do grupo, faz chorar seu cavaquinho com um talento ímpar. 










Sua homenagem a Waldir Azevedo, durante o evento, foi espetacular. Ele contou que o músico sofreu um acidente com um cortador de grama e quase perdeu o dedo anular sendo forçado a ficar sem tocar por um ano e meio. Disse que retornaria e quando isso acontecesse faria uma versão para cavaquinho da Ave Maria de Gounod e cumpriu. Ao interpretar a canção, Faustinho arrancou lágrimas do público que aplaudiu de pé e entusiasmadamente o grupo em mais uma marcante apresentação.





O convite partiu da professora doutora Sueli Terezinha de Abreu Bernardes que por sinal se emocionou ao apresentar os artistas que para ela formam o melhor grupo musical de todos os tempos! 


Por Osmar Baroni *

O choro é a raiz da música brasileira. Nascido no Brasil em 1870, com influência europeia, da polca, da valsa e do batuque africano, o choro surgiu como um ritmo tipicamente brasileiro. O grupo Chorocultura surgiu de uma leitura da biografia de Noel Rosa, quando pensei: “isso aqui dá um choro”. Comecei a montar um show sem pretensão. Mostrei a amigos, fui à Fundação Cultural e pedi o apoio de Maria Antonieta Borges Lopes, na época presidente do órgão. Escolhi o repertório, mas faltavam os músicos. Chamei meu amigo Reynaldo dDe Vito, que convidou outros músicos e nos apresentamos no Vera Cruz, em 18 de novembro de 1994. Terminado o espetáculo, as pessoas queriam mais. Começamos a fazer shows em aniversários, saraus e serenatas. Ficamos solicitados e direcionamos o grupo, que se manteve nas profissões paralelas, para a raiz da música. Podemos tocar samba, valsa, bolero, bossa-nova, mas basicamente o choro. Hoje somos eu no pandeiro, Reinaldo De Vito no violão de sete cordas, Fausto Reis no cavaquinho, Álvaro Valter no sax tenor e José Gilberto (Gibinha) no bandolim. Representamos Uberaba, gravamos um CD, por inspiração de Noel Rosa.
O choro foi criado num ambiente bem intimista e não é um estilo de música feito para 60 mil pessoas. Os chorões são recatados e não se expõem em busca de fama e da venda de discos. Com as revoluções da música brasileira, o que é normal em todas as épocas, a mídia não divulga esse ritmo. O jovem não tem oportunidade de ouvi-lo e existe a concorrência com a música fabricada para vender, enquanto que o choro é mais elaborado e mais difícil de ser produzido. Não tenho nada contra os outros estilos, mas hoje o povo quer as explosões, tão apresentadas na mídia. Quem ouve pela primeira vez um show de choro toma um choque benéfico. Foi o que percebemos no show do Kid Abelha, em Uberlândia, cuja abertura foi feita por nós. O público, formado por outro perfil, com jovens e adultos, adorou. Por isso, para divulgar essa cultura, comemoramos, no dia 22 de abril, o Dia Nacional do Choro, em que fazemos a Semana do Choro, apresentando a música em escolas, creches e em hospitais.
Artur da Távola, escritor que instituiu o Dia Nacional do Choro, já falecido há alguns anos, tinha numa emissora de TV o programa chamado “Quem tem medo da música clássica?”, e sempre o encerrava dizendo: “quem tem a música não tem solidão”. Penso que isso serve para todos, pois quem tem música tem uma companheira, seja na tristeza, na dor e na alegria. Alguns se expressam por amor, portanto a música é o motor na vida das pessoas. Para mim, é uma ferramenta que me ajuda a viver, a ter qualidade de vida e uma vida saudável, porque meu emocional encontra-se muito bem com a música que ouço.

*em entrevista ao Jornal da Manhã, publicada em 20/03/2011

domingo, 27 de outubro de 2013

Cia. UNO de Uberaba se apresenta em Araxá




Luiz Hozumi, Mayron Engel e Rodrigo Chagas, que formam a Cia. UNO, encenarão nesta segunda-feira, 28, às 21h, no Teatro Sesi de Araxá, o espetáculo "O Cachorro de Três Pernas", que tem direção, preparação corporal, cenografia e figurino assinados por Fábio Furtado e texto de Eid Ribeiro. A iluminação cênica é de Alexandre Galvão e Diógenes Marques. A Cia. foi selecionada pela curadoria do 23º Encontro Sesi de Artes Cênicas, com a indicação do Teatro Sesi Uberaba.  
A peça marca o encontro entre Rafa e Rufo, dois palhaços aposentados dos picadeiros, numa clínica de repouso. Entre lamentos da vida, doenças e crises da experiência vivida, os personagens constroem diálogos tragicômicos. Nos solitários bancos da clínica, recordam os tempos na lona do circo e, em meio a exames, remédios e lembranças, surge a história de um cachorro de três pernas. 
Em 2013, o evento foca o tema “Arte que transforma o mundo, mundo que transforma a arte” e de 26 de outubro a  1° de novembro, apresenta 29 atrações, como espetáculos de rua, palco, oficinas e shows. Todas as apresentações são gratuitas. Confira a programação completa: http://www5.fiemg.com.br/admin/BibliotecaDeArquivos/Image.aspx?ImgId=41470&TabId=13672



A abertura do Encontro foi feita pela banda Pato Fú, com o show Música de Brinquedo. Além da Cia. UNO,  há vários grupos teatrais, entre eles o Grupo Primeiro Ato apresenta o espetáculo “Pequenos atos de rua” e Espanca! discute o ofício do teatro em “O líquido tátil”. Já “O homem travesseiro”, com Tonico Pereira, aborda a história de um escritor acusado de transformar suas narrativas em realidade. A Casa do Beco, com “O morro do pássaro falante” trata dos conflitos numa comunidade. Dentre outras tantas atrações, há, ainda, a artista plástica e performer Paola Rettore, que, com suas roupas-esculturas, transforma os espaços por onde passa.


Foto Alexandre Galvão

Sobre a Cia. UNO

Com desejo de conciliar as experiências em teatro e circo, os artistas Mayron Engel e Rodrigo Chagas fundaram em 2007 a Cia Uno. Dessa união formou-se um núcleo de pesquisa e criação voltado para realização de atividades artísticas, educacionais e empresariais. A Cia. Uno continua seus aprimoramentos em teatro, circo, dança, música, dando continuidade à busca de uma formação em diversas áreas para fomentar e desenvolver um processo cênico com maturidade, conteúdo e técnica.
Em 2012, convidou Fábio Furtado (Galpão Cine Horto – BH) para enfrentar o desafio de dirigir um espetáculo que fosse o início de uma nova fase, o amadurecimento da Cia. Furtado, já desenvolvendo um treinamento físico específico, trouxe um texto inédito do consagrado Eid Ribeiro (BH), e junto à responsabilidade de tornar este texto o espetáculo que a Cia. buscava na sua trajetória. Assim convidou Luiz Hozumi, produtor e ator, para fazer parte da família UNO.


Sobre o Encontro 
O 23º Encontro Sesi de Artes Cênicas é uma realização do Sesi-MG e conta com patrocínio da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e apoio cultural da Prefeitura Municipal de Araxá, Fundação Cultural Calmon Barreto, Localiza e TV Integração, com produção da Cuia Cultural. Acompanhe notícias do Encontro pelo Facebook: www.facebook.com/encontroaraxa