quarta-feira, 25 de junho de 2014

Documentário valoriza 450 anos de catira




                                                                                                                          




                                                                       Fotos Rose Dutra
Apresentação de grupos de catira de quatro Estados do país no último dia 21, no Cine Teatro Municipal Vera Cruz, durante cerimônia de lançamento do livro e do DVD,  encerrou o projeto "Catira-Uma Tradição de 450 Anos", realizado pela Fundação Cultural de Uberaba, com patrocínio da Vale e apoio da Universidade de Uberaba (Uniube) e da Associação Cultural Casa do Folclore. Convidados pelo mestre de cerimônias da noite, 
Alexandre Guti Saad, compuseram a mesa, o idealizador do projeto, Gilberto Rezende, Nilo Peixoto Lucchesi Filho, gerente industrial da Vale, patrocinadora do evento, esta jornalista, que apoiou a divulgação do evento e naquele ato representou a Uniube, e Lisete Resende, que assina a coordenação, e naquela solenidade representando a Fundação Cultural.
Durante o encontro, que superlotou o teatro, o público assistiu a coreografias de grupos de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e São Paulo. O livro e o DVD apresentam o resultado do projeto e divulga a catira, contribuindo para a manutenção e a valorização da tradição. Os exemplares serão distribuídos a museus, bibliotecas, escolas, entidades culturais. 
Além de Nilo Peixoto Lucchesi Filho, gerente industrial da Vale de Uberaba, receberam o livro e o DVD das mãos de Lisete Rezende, esta jornalista e blogger representando a Uniube; Guido Bilharinho, advogado, escritor, editor da revista internacional de poesia Dimensão, autor de livros de literatura, cinema e história regional, e autor do Prefácio; Eliane Mendonça Marquez de Rezende, historiadora, escritora, autora de vários livros, que orientou e prestou colaboração ao livro; a Convidamos Fabiana Silbor, jornalista e professora, colaboradora do projeto; Dudu Assis, que assina o designer, a diagramação e layout final do trabalho; Suzy Mary de Almeida Leandro responsável pela revisão geral dos textos do livro. Também foram convidados ao palco o artista plástico Paulo Miranda, que assina a capa, e Lisete Resende, responsável pela coordenação geral do projeto.



Gilberto Rezende destaca que o livro é uma verdadeira enciclopédia sobre a história da catira iniciada há 450 anos, contando o que é, quem e onde se dança esta bela e brasileiríssima manifestação cultural. Segundo ele, o documentário em DVD com entrevista dos catireiros, enriquece o trabalho. Rezende agradece a todos que direta ou indiretamente contribuíram para que esta pesquisa possa ser hoje uma referência nacional. “A todos, inclusive aos amigos da imprensa, o meu muito obrigado! Sonho sonhado, sonho realizado.”


Guti Saad foi o mestre de cerimônias do grande encontro



Apresentações na noite especial



Grupo Revelação, de Uberaba

Composto por seis catireiros e dois violeiros: Negrinho e Vinícius Teles, e foi formado há pouco mais de dois anos. No ano de 2013, com apenas um ano de formação, o Grupo foi o grande campeão no 2º Festival Nacional de Catira de 2013. Os irmãos Teles são filhos de Manoel Teles, violeiro e compositor bastante conhecido na região, e que foi professor de Catira na Fundação Cultural de Uberaba. Os irmãos começaram cedo a acompanhar o pai na viola e na catira, e hoje transmitem seus conhecimentos para seu novo grupo. 


Grupo Botas de Ouro - Guarulhos, São Paulo

Coordenado pelo Dorival, com o apoio do Rivaldo, e da dupla de violeiros “Florestal e Tião Ramalho”, o Grupo foi eleito o campeão do estado de São Paulo. Durante o 2º Festival Nacional de Catira. Dorival herdou o Catira, que aprendeu com Dito Horácio dos Santos, e formou seu grupo do qual muito se orgulha, desde 2008. 



Grupo Catireiros do Araguaia, de Barra do Garças, Mato Grosso 

Orlando e Joana estão há 54 anos juntos, e se dedicando à Catira. Seu grupo é formado por quatro gerações com filhos, netos e até os bisnetos. Uma vida de ritmos e músicas compostas por Joana, de grandes parceiros de cantorias como Almir Sater, e de apresentações em todo o país, como no programa da Fátima Bernardes, quando o Grupo levou as quatro gerações para o palco. Durante a filmagem desse documentário, o filho, Miro, disse: “Quem sabe um dia a gente não tá lá em Uberaba levando a catira e nossa tradição pra mostrar pro pessoal lá na festa.” E graças ao amor pela cultura, esse momento aconteceu. 

Grupo Os Considerados, de Silvania

Léo Vitor é o coordenador do Grupo e herdeiro da Catira do seu avô, Sebastião Vitor, e de seu pai Durval Vitor, que tinha um grupo de Folia de Reis, onde é comum, ao fim da cerimônia de Reis, ocorrer a apresentação de Catira. Léo aprendeu catira tradicional, mas foi inovando com a inserção de pessoas mais jovens, e de ritmos diferentes. O grupo tem quase 14 anos de formação e já constituiu mais outros dois grupos: As Consideradas, só de moças, e Sangue Novo, de catireiros mirins. 


Grupo Raízes, de Uberaba 

O Grupo começou no ano de 1999 por incentivo de Manoel Teles, e encontrou em André Medeiros, coordenador do grupo, um campo fértil para sua continuidade. Persistindo com seus companheiros, André comemora 15 anos do grupo com uma grande vitória: o troféu de melhor grupo do Estado de Minas no 2º Festival Nacional de Catira de Uberaba. Apresentando um recortado bem mineiro, é possível ver as características da região no ritmo e palmeado do grupo. 



Grupo de Catira Orgulho Caipira, de Itaguari, Goiás 
O grupo foi formado por Daniel Flores há 10 anos. A inspiração para criar o grupo veio de sua experiência de acompanhar o Grupo Irmãos Oliveiras, de Itaguari. E percebendo que sua filha Danielle, que hoje é uma das integrantes, gostava de Catira, decidiu criar um grupo feminino. Dando continuidade a um grupo inativo da cidade, Daniel convidou novas integrantes e investiu no talento das meninas. Um investimento cultural que valeu a pena pois hoje as meninas são sucesso onde se apresentam. 

Grupo Espora de Prata, de Barretos (SP)

Esse grupo é coordenado por Francisco Santana, que vem mantendo uma longa tradição iniciada por seu avô, seguida por seu pai, e que ele, por sua vez, passou a seus sobrinhos. O Espora de Prata já foi por diversas vezes, a grande atração na abertura da Festa do Peão em Barretos, e outros diversos eventos da região. Francisco é o criador das coreografias, que hoje somam mais de 48 evoluções diferentes.



Catira dos Borges, de Uberaba

Falar em Catira em Uberaba é lembrar-se da família dos Borges, que vêm dando continuidade e sustentação a essa tradição por mais de meio século. Romeu Borges desde os oito anos participa da manifestação cultural. Há alguns anos recebeu um grande desafio de fazer um dueto com a bailarina clássica Ana Botafogo, para o programa da Rede Globo. Foi uma oportunidade de divulgar a Catira da região. 






Grupo Os Filhos de Aparecida

Nilmari Siqueira, coordenadora determinada e persistente da cidade de Aparecida, comanda esse Grupo, e outro grupo feminino “As Filhas de Aparecida”, ao lado do violeiro do grupo, o Campo Grande, e seu parceiro o Boiadeiro. Por sua iniciativa a cidade de Aparecida, tem uma Associação de Catira, e o projeto Catira na Escola, visando a preservar essa tradição. O Grupo tem trajetória de 14 anos, e foi campeão nacional no Festival Nacional de Catira de Uberaba, em 2010.







2 comentários:

  1. ...É um prazer comentar sobre a catira, sobretudo o os Borges. Lembro quando eu era criança com 07 (sete) até 15 (quinze) anos, dancei catira com meu pai Orlando, Romeu, Orozimbo Fabiano, Ranulfo (sinhô), Antônio Augusto, Juca Cândido, Gabrielzinho (viola), Vilmondes (viola) e tantos outros, que só resta saudade!!!... Abraços, Renato Borges de Morais

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  2. Olá tudo bem, como faço para adquirir este livro e o DVD?

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