terça-feira, 31 de março de 2015

Uberabense lança 100 páginas para a felicidade



O uberabense Mário Sérgio Gonçalves  lançará o livro de autoajuda, 100 páginas para a felicidade, no dia 17 de abril, às 19h, no Centro Cultural Cecília Palmério, no campus Centro da Universidade de Uberaba (avenida Guilherme Ferreira, 217). Ele é formado em Odontologia na Uniube, com especializações em Ortodontia e Implantodontia, pela  APCD de São Carlos (SP) e na  ABO-MG, respectivamente.
Ainda nos tempos de adolescente, no Colégio Estadual Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, o autor conta que alguns professores davam uma atenção especial no momento de comentar sobre as redações.  "Lembro-me muito do meu saudoso professor de Português, Antônio Bernardes Neto, que sempre entregava a minha por último, fazendo comentários incentivadores." Ele percebia a sua facilidade para desenvolver assuntos diversos, mas não levava muito a sério. 
Publicou alguns ensaios no Jornal da Manhã, deixando a rotina de escrever ficar mesmo misturada com o seu consultório dentário. Há algum tempo, participou, por recreação, de um concurso promovido em todo o Brasil, pela revista Veja, que premiaria os 50 melhores contos sobre um acontecimento qualquer, porém pitoresco, sobre um carro Volkswagen.  "Fiquei entre eles, e recebi um valioso prêmio por isso", revela. 
Em seguida, o Shopping Uberaba fez uma promoção sobre o Dia dos Namorados. Quem contasse uma história de amor acontecida lá, e sendo interessante, ganharia um bom prêmio.  Assim, ele teve mais essa sorte. Outros concursos literários também deram a ele imensa satisfação ao participar e ser feliz.  Passou a acreditar que poderia ir mais longe e escrever para outras pessoas interagirem com ele: escrever um livro!






Começou com elevadíssimo entusiasmo, há uns cinco anos conseguindo terminá-lo em menos de um ano. 
Mário dedica o livro a todos ao seu redor.   "Tive a alegria de encontrar pessoas maravilhosas que antes não tinha acesso, e que hoje, graças ao livro, mostram-me a alegria de ter buscado exatamente toda essa energia grandiosa em quem a tinha em grande quantidade", cita.
Com 100 páginas de felicidade, o autor quer passar às pessoas, com simplicidade, como alcançar a felicidade sem rodeios. Como exemplo, cuidando do próprio corpo, respeitando seu vizinho e
tendo-o como um grande amigo, viver feliz no trabalho, na escola, no meio social, fazendo esforços para isso. Deixar de lado o materialismo, valorizar o próximo, ter a humildade e o conhecimento como escudos para vencer na vida.
A expectativa com o lançamento é a melhor possível, pois ele tem o firme propósito de fazer com que as pessoas, ao refletirem sobre as páginas, atinjam uma alegria serena e constante, fazendo com que saiam da
própria rotina. Para ele, é extremamente gratificante saber que alguém acordou para o lado de
realização, com pequenas observações do cotidiano. O autor é feliz em sua vida, e quer ver as
pessoas jogando para trás suas ideias pessimistas sobre a existência.
Mário interessa-se por quem busca incessantemente a felicidade. Ele está convicto de que seus amigos e seus familiares  são “buscadores da felicidade” e no lançamento estará realizado com uma gama de  cabeças pensantes. E antes mesmo da noite de autógrafos do primeiro,  uma luz recebida não sabe de onde, já trabalha no segundo ainda sem título. "Um livro não é somente um conjunto de letras, folhas de papel, ou de papelão. Ele carrega um arsenal de energias, impossíveis de passar ilesas aos sentimentos.
Começou na profissão a gostar muito de estética, via na aparência dos pacientes uma complementação do que elas pensavam. Sentia uma realização um tanto etérea, pois a beleza é inerente a cada um, e com um toque de criatividade, de poesia mesmo, percebia o quanto era bom sair do trivial profissional.
Consegui, principalmente na ortodontia, elevar a autoestima de muita gente somente com toques
minimamente formais, deixando fluir no espelho do paciente, a aparência que o completava. Ele entende que tudo isso era como se fosse a construção de várias estrofes com muitos versos.  Acabou percebendo que o que sempre gostou de escrever tinha o lado poético também na prática profissional cotidiana.  Além de tudo, quando algumas “janelas” apareciam em sua agenda, gostava sempre de rabiscar alguns registros em frases poéticas, ou não, mas que me faziam muito bem para descontrair entre um paciente e outro.  Nem sabia que um dia, tudo isso seria compilado e seria uma trajetória para torná-lo um simples escritor. "Não sei se a poesia penetrou em meus poros, ou se eu a busquei nas inspirações saídas da convivência com
as prosas da cadeira do dentista.
Mário admiro muito a poesia de Manoel de Barros. “O Mundo deveria ser governado pelas borboletas.” Esta é uma das suas mais poéticas frases.  O saudoso autor mostrou o lado “roceiro” que faz parte de todas as pessoas. Outro é Carlos Drummond de Andrade. “Tem uma pedra no meio do caminho, no meio do caminho tem uma pedra.”  Para  Mário, é impossível viver a literatura brasileira sem suas tiradas poéticas. O grande prosador Mário Palmério, que em seus dois romances – Vila dos Confins e Chapadão
do Bugre, além de alcançar a Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira 2 que foi de
Guimarães Rosa,  leva seus leitores ao encontro com as conversas descompromissadas e os arranjos de
vida entre o povo sofrido do sertão.  Na sua Vila dos Confins, a política corre solta e já se mostrava interesseira. Que o diga Chico Belo!   No Chapadão do Bugre, José de Arimatéia enfrenta a saga violenta do sertão, com narrativas gostosas de serem absorvidas pelo capricho verbal do autor.

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